Roteiro de um dia em Miami

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Este roteiro é pra quem não está com pressa, não tem compromisso e quer passar um dia como os residentes. Comece o dia com uma aula de yoga na Equinox, uma das academias mais baladas da cidade onde você pode comprar um day pass. Com o apetite estimulado, o café da manhã pode ser no Big Pink, um restaurante em Miami Beach que serve o típico breakfast americano, com pancakes, ovos mexidos e French Toast.

De lá, caminhe até a setor da praia ao sul da 5th street, conhecida como a praia dos brasileiros. Além de brasileiros, este pedacinho de South Beach é frequentado por um grupo eclético que vai de famílias a casais em lua de mel. Vale lembrar que top less é permitido em Miami Beach.

Depois do café da manhã reforçado, o almoço pode ser uma salada de frutas ou um smoothie comprado no Whole Foods na Alton Road – eu recomendo o kalelicious, um shake que mistura verduras e frutas.

À tarde, uma massagem e o hamman, a sauna turca do The Standard Spa é perfeita pra relaxar. A piscina do The Standard tem vista para a baía e uma vista linda do por do sol.

Quem acha que um dia perfeito inclui algumas comprinhas, eu recomendo uma visita a 40th Street no Design District, onde ficam algumas butiques de grandes grifes, como a Celine e a Louis Vuitton, e poucas mas boas butiques como a En Avance.

As opções para o jantar são inúmeras, mas eu recomendaria o Mandolin, o restaurante mediterrâneo no Design District, que é casual, autêntico e romântico (veja o post completo aqui).

Lei sobre a carteira internacional revogada

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Após muita confusão, a situação foi finalmente definida: turistas não precisam da carteira internacional na Flórida, podendo alugar carros e dirigir pelas estradas do estado com a carteira de habilitação brasileira.

A lei, que havia sido instituida em janeiro, foi revogada e ficou tudo na mesma! Quem quiser ler a decisão, pode visitar o site da Visit Florida.

Dirigindo na Flórida, a questão da carteira internacional

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Nos últimos dias, um monte de informação incorreta foi publicada na internet sobre uma nova lei, que supostamente obrigaria motoristas estrangeiros a ter carteira de motorista internacional, a IDP (International Drive Permit), para dirigir na Flórida.

Bom, a lei é verdadeira, mas a história é um pouco mais complicada:

A Flórida passou uma lei, que entrou em vigor no 1 de janeiro, exigindo que os viajantes internacionais tenham a carteira internacional para dirigir nas estradas do estado.

Porém, a lei foi contestada e consequentemente, seu cumprimento foi suspenso.

O Visit Florida fez um comunicado oficial sobre o assunto. Quem quiser ler o post completo, clique aqui.

Em resumo, por enquanto, fica tudo na mesma. Quem estiver com viagem marcada pra cá nos próximos dias, vale entrar em contato com a sua locadora de carro pra verificar que eles estão cientes de que a lei foi suspensa (as grandes companhias como a Hertz, por exemplo, parecem já estar).

Quem viaja nos próximos meses, deve ficar atento às noticias. Se a lei for revogada, ou reafirmada, farei outro post sobre o assunto.

Evento guloso: O South Beach Wine and Food Festival

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Por quatro dias Miami Beach troca biquinis por babadores. O South Beach Wine and Food Festival, que começa hoje por aqui, é um carnaval pra gulosos: Tem evento pra quem procura badalação, degustações pra quem quer experimentar um pouco disto ou daquilo, e palestras sérias pra quem é do ramo ou quer aprender.

A apoteose dos comes e bebes acontece no fim de semana, quando milhares de pessoas invadem a praia em South Beach para experimentar os pratos servidos pelos principais restaurantes da cidade.

 

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O chefe Nobu

 

Entre os eventos mais concorridos deste ano estão o The Q, um churrasco regado a champanhe que acontece no hotel Delano, e um jantar com o chefe japonês Nobu Matsuhisa.

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A degustação de vinhos da Borgonha do produtor Alex Gambal no evento do ano passado

Os enófilos não perdem as degustações organizadas pela revista Wine Spectator em parceria com grandes produtores. Este ano estão programadas degustaçoes verticais de Amarones, de champanhes Krug, e dos vinhos Numanthia, produtor cult espanhol.

Vale lembrar que os ingressos para quase todos os eventos vendem rapidamente, quem ainda não garantiu o seu, tem pouca chance de conseguir um na última hora. Ficou interessado? Pode ir planejando a viagem pro ano que vem.

Roteiro de dois dias em Miami

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Ultimamente eu tenho recebido emails de leitores do blog pedindo um itinerário de dois dias em Miami pra quem visita pela primeira vez.

Miami não é uma cidade muito grande, mas em dois dias não dá pra fazer muita coisa, principalmente porque nós brasileiros precisamos de pelo menos uma tarde no shopping, não é? Como os pontos de interesse de Miami ficam espalhados, alugar um carro é fundamental, principalmente pra quem tem pouco tempo e pretende fazer compras.

O visitante de primeira viagem deve reservar um dia para conhecer Miami Beach, então pra facilitar, eu recomendaria escolher um hotel em South Beach ou na região da Brickell Avenue, que é bem central. Um passeio à pé é sempre uma forma legal de se orientar e um dos mais divertidos em Miami Beach é um tour do distrito Art Deco. O Art Deco Welcome Center, situado na Ocean Drive, “avenida da praia” em South Beach, oferece ipods para um passeio individual ou você pode participar de um tour guiado, que inclui paradas para apreciar a famosa arquitetura de Miami Beach. O passeio é legal pra quem conhecer a região, mesmo quem não tem interesse pessoal em arquitetura.

Quem preferir um passeio de bicicleta, pode alugar uma das Deco Bikes que ficam espalhadas por mais de 100 localidades em Miami Beach. Eu recomendo pegar uma bicicleta na esquina da Ocean Drive e da 5th Street e seguir na direção norte até o fim da rua, que é bem animada em qualquer hora do dia, oferecendo os estereótipos que fazem South Beach famosa.

SLSAs opções pro almoço em South Beach são inúmeras, mas pra se sentir como um insider, escolha uma mesa ao ar livre num hotel badalado, como o Delano ou o W. Quem preferir um almoço rápido, há varias opções de fast food de qualidade, como o Lime para comida mexicana ou o Pollo Tropical para um frango com arroz e feijão simplesinho (veja um post sobre o assunto aqui).

Uma caminhada pela Lincoln Road, a rua tipo calçadão que corta South Beach e onde se concentram lojas e restaurantes, é um passeio perfeito pro fim da tarde. A Lincoln é repleta de restaurantes estilo “pega turista”, mas há exceções: o Meat Market, o Sushi Samba e o Yardbird, que fica meio escondidinho em uma travessa lateral, são os meus favoritos. Quem tiver a fim de um bom hambúrger, pode experimentar o Shake Shack, que fica no mais famoso prédio da Lincoln, cuja garagem foi arquitetada pela dupla Herzog & de Meuron, vale a visita. Um drinque no terraço do restaurante Juvia é uma ótima opção pra terminar a noite com uma das mais lindas vista de South Beach.

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Comece seu segundo dia na cidade com um passeio de barco saindo de Bayside em Downtown. São vários os operadores oferecendo tours das ilhas de Miami Beach e embora este programa seja meio “pra turista”, é uma forma bem divertida de ver a cidade a partir do mar. Não perca tempo com as lojinhas de Bayside e reserve a tarde para ir ao Aventura Mall, que é um dos shoppings mais completos de Miami, com lojas pra toda a família, de Gap a Louis Vuitton.

Quem encontrar ainda um tempinho para um programa cultural, deve ir ao Viscaya, um lindo museu de artes decorativas situado em uma mansão do começo do século 20.

Fachada, Vizcaya Mansion

Fachada, Vizcaya Mansion

E já comece a planejar a visita de volta, porque dois dias em Miami é muito pouco, concordam?

Indo pra New York, dá uma mãozinha

Oi gente, eu ando atormentada com as imagens de Nova Iorque desde que o furacão passou. O meu marido é nascido e criado lá e toda sua família está espalhada pelos burroughs, os distritos que formam a cidade. Então, essas imagens da tragédia me atingem de uma forma muito pessoal: estes são lugares onde eu já passei centenas de vezes e pessoas que eu conheço.

O consultório do meu sogro fica em Brighton Beach, uma região onde muitos imigrantes russos idosos, continuam trancados em apartamentos nos prédios altos onde os elevadores não funcionam por causa da falta de eletricidade. Para muitos deles, é impossível descer e subir 20 andares para comprar comida.

O primeiro andar da casa da tia do meu marido foi destruído e pra vocês terem uma ideia da força da maré, ela encontrou um peixe dentro do seu armário de cozinha, embora ela more a dois quarteirões da praia.

Quem já aterissou no aeroporto internacional de NY, o JFK, passou por perto de Rockaway, um bairro de classe média em Queens que teve mais de 80 casas decimadas por um incêndio causado pelo furacão.

Staten Island, a ilha que fica bem em frente de Manhattan, teve regiões inteiras completamente devassadas, deixando milhares de desabrigados a mercê de temperaturas congelantes. A minha cunhada é professora lá, e muitos dos seus alunos perderam tudo.

Por isso e muito mais, se você está planejando visitar nos próximos meses, não hesite, mas lembre-se de deixar um presente para a cidade que tem tanto a oferecer. Eu sugiro uma doação para a New York Cares, uma organização que sabe como organizar a distribuição de ajuda rapidamente aos mais necessitados.  Uma doação de USD$10, feita com cartão de crédito no site ajudará muito.

Todos os anos a New York Cares faz uma coleta de casacos, mas por causa do furacão, eles estimam que este ano serão necessários 50,000 casacos adicionais para atender a necessidade criada pelo furacão. Visite o site a partir do dia 15 de novembro para saber onde você pode deixar um casaco ou enviar um pelo correio.

E quem preferir por a mão na massa, a New York Cares tem muitas opções. Eu garanto que vai ser uma experiência incrível que irá apenas agregar a sua viagem.

Nova opção de transporte a partir do Aeroporto Internacional de Miami

O Metro Rail, que é o trem de superfície de Miami, foi finalmente expandido até o aeroporto. Agora, a linha laranja sai do aeroporto passando por South Miami, Coral Gables, Downtown e indo até Kendall.

É uma ótima opção se você quiser evitar o taxi, principalmente se o seu hotel for em Downtown ou na Brickell. Mesmo quem for ficar em Miami Beach, pode pegar o trem do aé Downtown e de lá ir de taxi.

A verdade é que pra maioria dos turistas em Miami, alugar um carro é extremamente importante, principalmente pra quem pretende fazer compras. Mas porque não usar o transporte publico quando possível? E por apenas 2 dolares, o custo-beneficio é evidente.

 

As novidades do visto americano: depoimento de quem acabou de renovar

Eu moro nos Estados unidos desde 95, entao não tenho muita experiência tirando visto. Como muita coisa mudou recentemente,  pedi a uma amiga, a Isabel Palumbo, pra dar um depoimento de sua experiência renovando o visto. Espero que as dicas sejam úteis pra quem tiver passando pelo processo. E se você tirou seu visto recentemente, deixe um comentário no post contando sua experiência e com suas dicas. Esse assunto dá muito pano pra manga!

“Quando fui tirar meu visto pela primeira vez, em 2007, o processo foi bem demorado e complicado… Após preencher formulários e pagar taxas (uma para agendar a entrevista, uma para o visto e uma para o envio dos passaportes), fui ao Consulado Americano em São Paulo, que fica na Chácara Santo Antônio, um lugar um pouco longe para quem vai de transporte público ou táxi. Chegando lá, encontramos uma fila quilométrica e ônibus vindos de Minas Gerais e Rio de Janeiro, cheios de pessoas que engrossavam a fila. Minha sorte é que eu acompanhava minha irmã, grávida de 8 meses, e tivemos atendimento preferencial. Durante a entrevista, que se fazia em pé, em frente á um guichê como aqueles onde a gente compra ingresso pro cinema, nos perguntaram onde iríamos ficar nos EUA, com quem, para fazer o que, se tínhamos emprego, família, motivos para voltar ou ficar por lá. Visto concedido.

Recentemente, o governo americano facilitou o processo de retirada e renovação do visto em alguns casos para incentivar a entrada de brasileiros no país. Minha mãe e eu nos encaixamos em duas das categorias beneficiadas: renovação e idade superior a 64 anos. Fiquei curiosa em saber como seria o processo e se passaríamos pela mesma via crucis.

O processo começa no Site Oficial de Informações de Visto para os Estados Unidos, onde se faz um cadastro com o número do passaporte e a data de nascimento. As instruções são exibidas na tela, num passo a passo fácil de entender. A taxa, de US$ 160, pode ser paga pelo cartão de crédito ou pelo boleto. Mas atenção: o site avisa que nenhum pagamento será ressarcido, mas o sistema de boleto é confuso e gera um boleto novo a cada tentativa de acesso. O boleto pago tem um número de confirmação, que deve ser inserido junto de cada nome para liberar o agendamento da entrevista. Minha dica é imprimir ou salvar em PDF o boleto mesmo que for fazer o pagamento via internet. A parte mais chata ainda é o preenchimento do formulário DS-160, que continua com as perguntas ridículas de segurança, do tipo “pretende cometer um atentado terrorista” e “esteve envolvido no tráfico de órgãos humanos”.

Com tudo pronto, pago e preenchido, agendamos uma entrevista em um posto de atendimento consular que, em São Paulo, tem dois endereços: um na Vila Mariana e um no Alto de Pinheiros, que foi o que escolhemos por ser mais perto de onde estávamos hospedadas. O período de espera é curto, dois ou três dias. Antes de ir, confira TODOS os documentos necessários. Sem eles, não se passa nem da porta. Claaaaaro que eu esqueci um deles: a confirmação de agendamento. Minha sorte foi que, ao lado do posto consular, tem uma portinha com alguns computadores onde uns meninos imprimem o que faltou por um preço um pouco salgado. Não levamos 5 minutos para completar todo o processo. A fila deveria ter no máximo 5 pessoas. Uma vez lá dentro, conferiram nossos documentos, perguntaram a idade da minha mãe (70 anos) e nos encaminharam para o guichê de atendimento (a cabine de ingresso de cinema não mudou) onde entreguei os passaportes e os formulários, tiramos fotos e colheram nossas digitais. Não nos foi perguntado nada e, simples assim, nossos visto foram concedidos! Os passaportes chegaram em casa duas semanas depois, pela transportadora DHL. Agora é esperar a data da viagem e aproveitar!

Escapada de fim de semana: Naples

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O restaurante Campiello em Naples

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O arquitetura mediterrânea do centrinho de Naples

Adora Miami mas quer dar uma escapada e passar um fim de semana diferente, longe da cidade? Naples, na costa oeste do estado e a menos de duas horas de Miami, é uma otima opção. Uma cidade típica de veraneio, Naples combina praia e tranquilidade com bons restaurantes, compras sofisticadas e eventos de nível internacional. Enquanto Miami exibe, Naples é discreta, guardando seus charmes.

A cidade oferece um número grande de hotéis, indo de bed and breakfast charmosos a resorts luxuoso, e o meu favorito é o Ritz-Carlton na Vanderbilt Beach (o Ritz Golf não é tão legal).

Localizado na praia, com vista panorâmica do golfo do México, o Ritz é um hotel de luxo tradicional, com um spa de primeira, centro de atividades para crianças e adolescentes e apartamentos extremamente confortáveis. O serviço é atencioso e discreto, e a clientela vai de famílias a casais procurando sossego.

A piscina do Ritz-Carlton em Naples

Naples não tem balada e depois da praia ou piscina, quase todo mundo sai pra fazer umas comprinhas, tomar um sorvete e passear no centrinho histórico.

Naples oferece opções de compras que não deixam a dever nada as grandes multimarcas de Milão ou Paris. A butique Marisa’s Collection, em downtown Naples, é uma multimarcas de alta qualidade, que vende marcas de alta moda como Lanvin, Valentino, Isabel Marant, entre outras. Outra opção para compras é o super charmoso Waterside Shops, um shopping com lojas que vão de Jcrew a Hermés e Cartier, em um ambiente ao ar livre pontuado por lindos espelhos d’água.

Por do sol em Naples

Não faltam bons restaurantes. Entre os meus favoritos estão o italiano Campiello e o Chopps City Grill, que serve comida americana moderna e o Sea Salt com bons peixes.

Mas antes de sair para o jantar, não deixe de encontrar um lugarzinho na praia para ver o pôr do sol maravilhoso, típico da costa oeste da Flórida. O meu lugar preferido é para passar o fim do dia é o restaurante Gumbo Limbo na praia atras do hotel Ritz-Carlton. Vale a pena mesmo para quem não esteja hospedado.

Novidades de Paris e porque a cidade se americanizou

Eu vou a Paris uma vez por ano há um tempão e durante anos, mudança ocorria bem devagarinho por lá. Nos últimos anos, talvez pela globalização, ou pelo número enorme de parisienses vivendo part-time em New York, Paris está mudando muito e rapidamente. Não vou ser nostálgica e dizer que tudo era melhor antes. A verdade é que como dizia o Cazuza, o tempo não pára e essa americanização de Paris não tem volta. Quer prova?

Yoga e academia– os estúdios de yoga e as academias viraram febre e até mesmo os mais clássicos arrondissements, entraram na onda. Vi muita madame carregando esteira de yoga e grupos fazendo “le jogging” no Jardin des Tuilleries. Até o venerável Grand Palais virou palco para yoga.

Nail bars– as francesas, que restringiam manicures para ocasiões especiais, caíram na onda dos nail bars no modelo novaiorquino.

Food trucks– dois americanos da Califórnia trouxeram os primeiros food trucks pra Paris, o Cantine Californie, que serve tacos e Le Camion quiFume, com ótimos hambúrgueres. Agora, os franceses aderiram à tendência e eles estão por toda parte. 

Verjus restaurante e bar de vinhos

Americanos comandam os restaurantes da moda– Kevin O’Donnell no L’Office, Braden Perkins noVerjus e Daniel Rose no  Spring, o restaurante mais concorrido da cidade de acordo com o Le Figaro.

Antes que vocês comecem a lamentar que Paris não é a mesma, eu garanto que ainda tem muita formalidade e esnobismo na cidade. Prometo um post em breve com as minhas dicas do que é novo e vale a pena conhecer e dos locais cheios de tradição que vale a pena visitar, ou revisitar. Bisou, bisous.