As novidades do visto americano: depoimento de quem acabou de renovar

Eu moro nos Estados unidos desde 95, entao não tenho muita experiência tirando visto. Como muita coisa mudou recentemente,  pedi a uma amiga, a Isabel Palumbo, pra dar um depoimento de sua experiência renovando o visto. Espero que as dicas sejam úteis pra quem tiver passando pelo processo. E se você tirou seu visto recentemente, deixe um comentário no post contando sua experiência e com suas dicas. Esse assunto dá muito pano pra manga!

“Quando fui tirar meu visto pela primeira vez, em 2007, o processo foi bem demorado e complicado… Após preencher formulários e pagar taxas (uma para agendar a entrevista, uma para o visto e uma para o envio dos passaportes), fui ao Consulado Americano em São Paulo, que fica na Chácara Santo Antônio, um lugar um pouco longe para quem vai de transporte público ou táxi. Chegando lá, encontramos uma fila quilométrica e ônibus vindos de Minas Gerais e Rio de Janeiro, cheios de pessoas que engrossavam a fila. Minha sorte é que eu acompanhava minha irmã, grávida de 8 meses, e tivemos atendimento preferencial. Durante a entrevista, que se fazia em pé, em frente á um guichê como aqueles onde a gente compra ingresso pro cinema, nos perguntaram onde iríamos ficar nos EUA, com quem, para fazer o que, se tínhamos emprego, família, motivos para voltar ou ficar por lá. Visto concedido.

Recentemente, o governo americano facilitou o processo de retirada e renovação do visto em alguns casos para incentivar a entrada de brasileiros no país. Minha mãe e eu nos encaixamos em duas das categorias beneficiadas: renovação e idade superior a 64 anos. Fiquei curiosa em saber como seria o processo e se passaríamos pela mesma via crucis.

O processo começa no Site Oficial de Informações de Visto para os Estados Unidos, onde se faz um cadastro com o número do passaporte e a data de nascimento. As instruções são exibidas na tela, num passo a passo fácil de entender. A taxa, de US$ 160, pode ser paga pelo cartão de crédito ou pelo boleto. Mas atenção: o site avisa que nenhum pagamento será ressarcido, mas o sistema de boleto é confuso e gera um boleto novo a cada tentativa de acesso. O boleto pago tem um número de confirmação, que deve ser inserido junto de cada nome para liberar o agendamento da entrevista. Minha dica é imprimir ou salvar em PDF o boleto mesmo que for fazer o pagamento via internet. A parte mais chata ainda é o preenchimento do formulário DS-160, que continua com as perguntas ridículas de segurança, do tipo “pretende cometer um atentado terrorista” e “esteve envolvido no tráfico de órgãos humanos”.

Com tudo pronto, pago e preenchido, agendamos uma entrevista em um posto de atendimento consular que, em São Paulo, tem dois endereços: um na Vila Mariana e um no Alto de Pinheiros, que foi o que escolhemos por ser mais perto de onde estávamos hospedadas. O período de espera é curto, dois ou três dias. Antes de ir, confira TODOS os documentos necessários. Sem eles, não se passa nem da porta. Claaaaaro que eu esqueci um deles: a confirmação de agendamento. Minha sorte foi que, ao lado do posto consular, tem uma portinha com alguns computadores onde uns meninos imprimem o que faltou por um preço um pouco salgado. Não levamos 5 minutos para completar todo o processo. A fila deveria ter no máximo 5 pessoas. Uma vez lá dentro, conferiram nossos documentos, perguntaram a idade da minha mãe (70 anos) e nos encaminharam para o guichê de atendimento (a cabine de ingresso de cinema não mudou) onde entreguei os passaportes e os formulários, tiramos fotos e colheram nossas digitais. Não nos foi perguntado nada e, simples assim, nossos visto foram concedidos! Os passaportes chegaram em casa duas semanas depois, pela transportadora DHL. Agora é esperar a data da viagem e aproveitar!